Amo-te, quando te escrevo
Invades-me com o teu olhar
Perco-me nas noites em que te descubro
Sinto-te no cheiro fecundo da terra molhada
E em silêncio, venero-te
Nesta paixão que me alimenta
Misteriosa a chama do amor
Forte o incenso que nos embriaga
Quero morrer em teus braços
Tocar a tua pele
Entregar-me ao desejo que nos une
Lancinante é a dor de sentir
Ardente é a voz do silêncio que nos escuta
Penosos são os dias, vazios de ti.
(Cecília Vilas Boas)