Pego na tua mão e beijo-a.
Pego na tua mão e danço.
Pego na tua mão e apresso o movimento da terra à volta de nós dois.
Pegar na tua mão é viver de novo a vida de uma forma inteira.
Inspiro-te. Respiro-te. O cansaço é doce, estupendo, para sempre.
À nossa volta tudo arde no fogo verde desta primavera, e a inquietação é um fruto excitante, por colher.
Não pares.
Continua a dançar comigo.
Como se fizéssemos amor.
(Joaquim Pessoa in ANO COMUM.)