"Olhar para à frente sem saber o que vai ser de nós. Olhar para trás sem nada poder reviver, corrigir, emendar sequer. Não conseguir fixar o presente, bom ou mau, tanto faz, o presente que não será mais. Sentir-se transportado para a fernte e depois para trás, ficar tonto, prestes a cair, sem ter mão no que pensar. Levantar, andar, voltar e depois parar no mesmo sítio, sempre diferente. Desistir, recomeçar, deixar cair, agarrar por momentos e depois abandonar. Sentir-se feliz, absolutamente feliz, e logo depois, desesperar, sem esperança alguma de voltar a acreditar, e depois voltar a acreditar, sentir felicidade, aos poucos, a voltar. Tudo isto à volta do amor, por causa do amor, tudo isto e muito mais, meu amor, que te tenho de esconder. senão dizia-te."
(Pedro Paixão)